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PRF: Expectativa por prioridade ao concurso de policial.

Uma das primeiras instituições a reapresentar o pedido de autorização de concurso, conforme orientação do Ministério do Planejamento, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) espera também ser uma das primeiras a ter sua solicitação atendida. O departamento reiterou o pedido de 1.500 vagas no cargo de policial rodoviário federal. Membros do órgão e representantes da categoria ressaltam que a corporação tem recebido atenção especial do governo federal nos últimos anos. (Leia abaixo entrevista exclusiva com o superintendente da PRF no Rio de Janeiro)

 

Em função do início no mês passado de curso de formação para 800 excedentes do concurso aberto em 2013, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) destacou que nos últimos quatro anos 2.700 policiais ingressaram no departamento. A entidade lembrou, porém, que ainda há um caminho a percorrer para recomposição do efetivo, tendo em vista que atualmente apenas 10.400 das 13.098 vagas de policial existente estão preenchidas. A FenaPRF prometeu continuar lutando pela ampliação do efetivo.

O novo curso de formação foi convocado após a PRF obter autorização, em novembro do ano passado, para preencher 579 vagas a mais na seleção de 2013, cuja oferta inicial foi de mil vagas. “É inegável que, com a atual conjuntura política e financeira do país, a liberação de 579 vagas e ingresso de 800 candidatos em curso de formação é fato de extrema importância para a manutenção da instituição e sinaliza o destaque do papel da PRF no contexto geral do governo federal”, destacou em nota a federação.

Em dezembro do ano passado, o chefe de gabinete da Direção-Geral e ex-coordenador-geral de Recursos Humanos da PRF, Adriano Furtado, já havia afirmado à FOLHA DIRIGIDA que as autorizações obtidas pelo órgão têm se dado em cima de resultados alcançados, ressaltando que o departamento já acumula quatro anos consecutivos de redução de mortes nas rodovias federais.

 

O cargo de policial rodoviário federal é aberto a homens e mulheres que possuam o ensino superior completo em qualquer área, além de carteira de habilitação (B ou superior) e garante remuneração inicial de R$7.177,91, incluíndo o auxílio-alimentação, de R$458.

Superintendente do Rio: “É um trabalho agradável”

 

Caio Belandi

 

O novo pedido de concurso da PRF ainda aguarda a autorização do Ministério do Planejamento, mas os futuros candidatos já iniciaram a preparação. Em palestra no último dia 20, no auditório da LM Concursos, o inspetor José Roberto Gonçalves de Lima Neto, superintendente regional da corporação no Rio de Janeiro, falou para dezenas de estudantes que buscam uma das 1.500 vagas que deverão ser abertas.

De Lima contou um pouco da história e explicou os planos e estatísticas da corporação, sob os olhares e ouvidos atentos da plateia. Ao fim do evento, o superintendente falou à FOLHA DIRIGIDA, quando narrou sua trajetória dentro e fora da PRF. “Na vida, temos que identificar nossas fraquezas. No estudo, isso é fundamental”, afirmou.

Para De Lima, o sonho de ser policial rodoviário é alimentado pelos vários atrativos da profissão. “É um trabalho dinâmico, agradável. É capaz de salvar uma vida, ao mesmo tempo que há uma adrenalina, já que às vezes é necessária uma troca de tiros, uma perseguição”, disse.

 

 

FOLHA DIRIGIDA - A PRF já reencaminhou o pedido de concurso para 1.500 vagas de policial rodoviário federal ao Ministério do Planejamento. A corporação está confiante que a nova solicitação será atendida?

Inspetor José de Lima Neto - Não posso falar sobre concurso, porque tudo que eu afirmar é mero palpite. Mas posso dizer que o governo tem se mostrado sensível e tem feito um bom investimento na PRF nos últimos anos.

 

Em que medida o déficit de policiais compromete as atividades do órgão? Confere a informação de que muitos postos da PRF estão fechados devido à falta de pessoal?

Eles não foram fechados especificamente por falta de efetivo. É um dos componentes, já que com mais efetivo, talvez não fechassem. Principalmente, foram fechados por conta da distância entre um posto e outro.

 

A mudança na escolaridade, de nível médio para superior, resultou em melhoria efetiva na qualificação do quadros?

Ainda é muito recente para avaliarmos isso. Mas é claro que a formação melhorando, o nível das pessoas melhora. Mas ainda é muito recente para termos avaliação sobre isso.

 

Há previsão de reajuste no vencimento dos policiais, ou mesmo de mudança no requisitos para se inscrever no próximo concurso (homens e mulheres, nível superior em qualquer área e carteira categoria B ou superior)?

A categoria está numa campanha salarial, coordenada pela nossa federação, e está atualmente em negociação com o governo para um reajuste ainda este ano. Quanto aos requisitos, provavelmente serão os mesmos, não haverá mudança.

 

Hoje, qual é o perfil profissional exigido de um policial rodoviário? A corporação busca selecionar que tipo de profissional?

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A PRF tem um mapa estratégico, onde há os valores dos policiais: honestidade, equidade, cidadania. Estamos buscando a excelência na relação com o cidadão. Então, a busca é para afastar da polícia truculenta e aproximar de uma polícia cidadã.

 

Qual o melhor caminho para se preparar para as provas da PRF? Em relação ao último concurso, aberto em 2013, há alguma previsão de mudança no conteúdo programático das provas, ou estudar com base no programa anterior é mesmo o melhor caminho?

Sobre a banca ou o próximo concurso em específico, eu não posso dizer. Mas o que eu costumo falar aos candidatos é que o trânsito sempre vai ser um componente da prova. Apesar de ter sido menor nos últimos anos, será um assunto que sempre estará presente. E o candidato também tem que entender que ele terá que se enquadrar nesse perfil profissiográfico, que é a busca de uma pessoa melhor, de um caráter melhor. A questão dos Direitos Humanos é uma busca da PRF.

 

O curso de formação profissional assusta muitos candidatos, pois o nível de cobrança é considerado muito alto. Há razão para temê-lo? Qual é a estrutura básica dessa fase do concurso?

Não há motivo para ter medo. O curso é bem disciplinado, com uma ênfase muito forte na abordagem, que é o contato com o cidadão, na parte de armamento e tiro, e na disciplina de Direitos Humanos também. É um curso muito intenso, por conta do período de formação, que são três meses, com aulas em período integral, normalmente de segunda a sábado. Nesse sentido, de fato, é pesado.

 

A questão da atuação nas fronteiras é hoje crucial. Poderia falar um pouco da importância dessas atividades. No próximo concurso, os aprovados serão lotados preferencialmente nessas regiões?

A fronteira é o que guarnece o nosso país, é a principal porta de entrada de drogas e de armas. E a PRF tem um trabalho forte em cima disso. A corporação está distribuída nas rotas dos tráficos. Ocupar a fronteira é fundamental. Quanto à lotação, alguns concursos são feitos exclusivamente para essa área. Há uma preferência na ocupação do cargo em relação a quem está dentro da corporação. Ou seja, a fronteira é distante das regiões metropolitanas e, muitas vezes, longe das casas dos aprovados, já que os melhores cursinhos estão nas principais capitais. Por conta disso, quem passa está nessas regiões. E acaba indo trabalhar nas fronteiras, longe. Então, nas áreas de fronteira, há uma renovação muito grande.

 

Muitos candidatos são incisivos: passar para a Polícia Rodoviária Federal é um sonho. Como definiria o cotidiano da atividade policial? Quais os atrativos da carreira?

É um trabalho dinâmico, agradável. O policial lida com todo tipo de gente. É capaz de salvar uma vida, ao mesmo tempo em que há uma adrenalina, já que às vezes é necessária uma abordagem mais agressiva, uma troca de tiros, uma perseguição. Mas, no dia a dia, ele tem a possibilidade que poucos cidadãos têm, que é de salvar vidas. É servir à sociedade diretamente. Além disso, o policial rodoviário tem um caráter educativo muito grande, só com a presença dele, o fato da viatura estar ali na estrada. O policial tem responsabilidade no atendimento, a maior parte do tempo, ele está ali para resolver os problemas do cidadão, que nos procura porque foi assaltado ou bateu com o carro, ou está perdido. Cada dia, há uma demanda diferente. No mesmo dia, o policial pode ter trocado tiros, ter prendido traficante, recuperado uma carga e salvado uma vida.

 

O senhor fez vários concursos, com uma série de aprovações. Poderia falar um pouco sobre sua trajetória profissional e na corporação?

Quando garoto, não consegui passar para o Colégio Militar. Ali, eu identifiquei uma falha minha: não entendi que deveria fazer 20 linhas de redação. Fiz apenas 18, e ganhei um zero. Fiz uma excelente prova, mas eu não tinha entendido a regra, a condição básica para passar. Naquele momento, eu compreendi aquela situação. Fui da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), mas resolvi sair no terceiro ano. Não quis continuar na carreira militar. Depois fiz Engenharia na UFRJ e tentei concurso para a Petrobrás e para a Polícia Civil, para papiloscopista. Trabalhei na Petrobrás, mas depois o braço da empresa em que eu trabalhava foi privatizado. Fui mandado embora, montei uma empresa que não deu certo, e aí voltei a fazer concurso público. Passei para técnico judiciário do TJ-RJ e para bombeiro. Em 1998, passei para a PRF, mas fiquei no psicotécnico. Em 2002, eu era bombeiro, novamente tentei para policial rodoviário e consegui a aprovação final.

 

Que mensagem deixa aos milhares de interessados em ingressar na corporação, que já se preparam para o próximo concurso?

Na vida, temos que identificar nossas fraquezas. No estudo, isso é fundamental. Compreender o que a banca quer. A outra parte é a dedicação exclusiva do candidato. Estamos acostumados a ser servidos em tudo, porque pagamos nossos impostos. Mas no concurso público, isso não existe. Quem tem que correr atrás é o interessado. Mesmo que faça o melhor cursinho, se não estudar, não vai passar. Pode fazer 15 cursos online, se inscrever em vários cursinhos... O candidato tem que compreender a dificuldade e procurar melhorar. Se é ruim em redação, procure um curso específico de redação. Mantém o assunto que domina e foca na busca daquilo que ainda não consegue fazer. No curso de formação, o policial aprende: aquele cômodo que ganhou num adentramento, não perde mais. Já está conquistado. É a mesma coisa no estudo, se o estudante já domina a Matemática, ele só mantém, e vai buscar outra disciplina que não conhece.

Fonte: Folha Dirigida.

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Publicado em 11/03/2016 às 10:46:15
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