Quando se fala em concurso para o Banco Central (BC), uma palavra pode ser usada para definir as oportunidades abertas nos últimos anos: regularidade. A começar pela oferta das seleções. Nas duas últimas oportunidades foram oferecidas cerca de 500 vagas de técnico, analista e procurador, sendo 520 em 2009 e 515 em 2013. E em 2005, embora o quantitativo tenha sido um pouco menor, 390 vagas, a autarquia não deixou de oferecer chances nos três cargos que integram a sua estrutura. O leitor mais atento certamente não deixou escapar uma outra constante nos concursos do banco: a frequência. Desde 2005, uma nova seleção é aberta a cada quatro anos. E com a última seleção tendo sido promovida em 2013, a aposta em um novo concurso em 2017 parece mais do que certa. Ainda mais pelo fato de o BC trabalhar justamente com essa perspectiva.
Para que isso possa se concretizar, o banco encaminhará até o dia 31 de maio o pedido de autorização de um novo concurso ao Ministério do Planejamento, com o objetivo da proposta ser considerada na elaboração do projeto de lei orçamentária do próximo ano. O envio da solicitação já foi confirmado pelo Departamento de Gestão de Pessoas (Depes) do BC. Ainda não se sabe, no entanto, qual será a dimensão do pedido. O esperado, é que assim como na última oportunidade, seja solicitada permissão para o preenchimento de quase todas as vagas ociosas no banco. Atualmente, o BC conta com cerca de 2 mil posições desocupadas, quase o mesmo quantitativo da época da última solicitação. O déficit é equivalente a cerca de 30% do quadro, que comporta 6.470 servidores.
Além disso, em torno de 600 servidores já reúnem condições de se aposentar e podem deixar o banco a qualquer momento. O excesso de aposentadorias foi o principal responsável pelo desmanche do efetivo do BC nos últimos anos, fazendo com que diversas atividades deixem de ser desenvolvidas, em função da falta de pessoal. O temor dos sindicatos dos servidores do banco é que a defasagem possa se agravar a ponto de atingir atribuições prioritárias, como a formulação da política monetária, que demanda a realização de uma série de pesquisas. Por ser um concurso de alto nível e reunir um grande número de candidatos, especialistas na área recomendam aos interessados em ingressar no BC que iniciem o quanto antes os estudos, tomando como base o programa do concurso anterior, realizado em 2013.
Requisitos e remunerações - O cargo de técnico tem como requisito o ensino médio completo, enquanto que o de analista é destinado aos graduados em qualquer área. O cargo de procurador, por sua vez, é voltado aos advogados com experiência mínima de dois anos de prática forense. As remunerações iniciais são de R$6.463,44 para técnico, R$16.286,90 para analista (ambos a partir de agosto) e R$17.788,33 para procurador, já com o auxílio-alimentação, de R$458. As contratações são pelo regime estatutário (estabilidade).
Fonte: Folha Dirigida.
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